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Mercado imobiliário do sul da Flórida dá sinais de desaceleração após boom da pandemia

Miami liderou a retração, com uma queda de 23% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2023, segundo empresa

Foto: Reprodução/Freepik

 

Após um período de alta impulsionado pela pandemia, o mercado imobiliário do sul da Flórida começa a dar sinais claros de arrefecimento. De acordo com uma análise recente da Redfin, empresa norte-americana de corretagem de imóveis, os contratos de compra de imóveis nas regiões de Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach registraram as maiores quedas entre as 50 maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos em abril.

Miami liderou a retração, com uma queda de 23% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2023. Em Fort Lauderdale, o recuo foi de quase 19%, enquanto em West Palm Beach chegou a cerca de 14%.

Segundo a Bloomberg, além da redução no volume de transações, os imóveis estão demorando mais para serem vendidos. Miami registrou uma média de 81 dias de permanência no mercado, quase o dobro do tempo verificado no pico de demanda em 2022. Fort Lauderdale e West Palm Beach lideram esse ranking, com 83 dias em média até a concretização de uma venda.

O desaquecimento também pressiona os preços. Em março, o preço mediano de venda de imóveis na Flórida caiu 1,7% em relação ao ano anterior. Em abril, cerca de 5% das vendas nas três principais regiões metropolitanas do sul da Flórida ocorreram abaixo do preço de listagem.

O segmento de imóveis de luxo, que viveu um boom nos últimos anos, também foi atingido. Dados do Zillow – outra empresa dos EUA que atua no mercado imobiliário – mostram que 18% das listagens de alto padrão em abril sofreram cortes de preço.