SAÚDE


‘Síndrome do Final de Ano’ pode gerar vulnerabilidade para a saúde mental

“O período de final de ano costuma ser um momento especialmente sensível para o surgimento ou agravamento de quadros depressivos', destaca o psicólogo, Jonatas Tourinho.

Foto: Divulgação

 

Em meio ao brilho dos eventos, festas e confraternizações, o final do ano pode se tornar um período de vulnerabilidade para a saúde mental. Conhecido como Síndrome do Final de Ano, o período que vai entre o Natal e o Ano Novo costuma elevar expectativas de união, alegria e renovação. Mas, para muitos, esse cenário evoca balanço de vida, desejos não realizados, cobranças pessoais, terreno fértil para a depressão.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 10,2% dos adultos brasileiros declaram já ter diagnóstico de depressão. Liderado pela Bahia, estado com mais afastamentos causados pela doença, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a região Nordeste já registra 6,9% dos casos.

“O período de final de ano costuma ser um momento especialmente sensível para o surgimento ou agravamento de quadros depressivos. Trata-se de um tempo marcado por balanços pessoais, revisões de metas e pela percepção de projetos não realizados. As cobranças internas e externas, associadas à exaustão acumulada ao longo do ano, podem aumentar a vulnerabilidade emocional. Enquanto para algumas pessoas esse é um período de celebração, para outras pode representar solidão, frustração e reflexão dolorosa. O contraste entre o ideal de felicidade socialmente imposto e a experiência subjetiva de quem sofre tende a intensificar sentimentos de inadequação e tristeza”, destaca o psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Afya Salvador, Jonatas Tourinho.

Sobre a Afya

A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.653 vagas de Medicina aprovadas e 3.543 vagas de medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos.