ECONOMIA


Dólar sobe quase 1% e fecha a R$ 5,58 com pressão de remessas ao exterior

Envio antecipado de juros e dividendos, em meio a semana encurtada pelo Natal, impulsiona a moeda apesar de cenário externo mais favorável a divisas emergentes

Foto: Freepik

 

O dólar encerrou esta segunda-feira (22) em alta firme frente ao real, avançando 0,97% e fechando cotado a R$ 5,58. O principal fator de pressão veio do aumento das remessas de juros e dividendos para o exterior, movimento típico de fim de ano que ganhou força adicional com a proximidade de mudanças tributárias previstas para 2026.

A sessão foi marcada por baixa liquidez, reflexo do recesso de Natal no Brasil e no exterior. Ainda assim, o fluxo de saída de recursos acabou prevalecendo, levando a moeda norte-americana a se aproximar de R$ 5,60 ao longo do dia, mesmo com o dólar recuando frente a outras divisas no mercado internacional.

Operadores destacam que empresas e fundos têm antecipado envios ao exterior para evitar a tributação de 10% que passará a incidir, a partir de janeiro, sobre remessas e sobre dividendos acima de R$ 50 mil mensais. Na sexta-feira, o Banco Central chegou a realizar leilões de linha de US$ 2 bilhões para atender essa demanda.

No cenário doméstico, o mercado também segue atento às projeções econômicas e ao ambiente político de 2026, enquanto, no exterior, o índice global do dólar caiu, indicando que a pressão observada foi majoritariamente local.

Apesar da alta no dia, a moeda norte-americana ainda acumula queda no ano, refletindo um movimento mais amplo de acomodação cambial ao longo de 2025.