POLÍTICA


Jerônimo minimiza acordo sobre dosimetria e diz que ninguém pode pôr palavra de Wagner em xeque

Governador saiu em defesa do líder do governo no Senado após críticas de aliados sobre avanço de texto que reduz penas que beneficia Jair Bolsonaro (PL)

Jerônimo

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), defendeu o senador Jaques Wagner (PT) das críticas de aliados por ter feito um acordo de procedimento que permitiu a votação da proposta que reduz penas a condenados pelos atos de 8 de Janeiro e beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os petistas que rechaçaram a conduta, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disse que o líder do governo no Senado “errou” ao costurar o acordo por dosimetria.

Jerônimo minimizou a declaração. “Nós conhecemos Wagner como gestor, antes, [como deputado] federal, depois, como governador. Há quase 20 anos, a gente sabe a prática dele. Ninguém pode pôr em xeque, ninguém, ninguém pode pôr em xeque a palavra de Jaques Wagner, a atitude de Jaques Wagner e o interesse dele em ajudar a Bahia e o Brasil”, disse o governador em conversa com jornalistas durante uma agenda na manhã desta sexta-feira (19) em Salvador.

“Discordamos às vezes, comentamos, dialogamos, mas a palavra de Jaques Wagner é uma palavra que tem que ser respeitada. Eu creio muito que o diálogo dele com o presidente Lula, com Gleisi e com o Senado é de construção”, reiterou Jerônimo.

Wagner admitiu na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) ter feito um acordo para que a matéria avançasse sem consultar o presidente ou a própria Gleisi. Segundo ele, não foi tratado do mérito do texto. Na quinta-feira (18), Lula (PT) confirmou que vetará o projeto.

Apesar das críticas ao aliado, Gleisi descartou a saída de Wagner da liderança do governo.