ECONOMIA


Economia da Bahia cresce 2,2% no 3º trimestre e mantém trajetória positiva em 2025

Mesmo com juros altos e incertezas no cenário internacional, avanço da agropecuária e do mercado de trabalho sustenta o desempenho econômico do estado, aponta SEI

Foto: Reprodução/Agência Brasil

 

A economia baiana registrou crescimento de 2,2% no terceiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Carta de Conjuntura divulgada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na série com ajuste sazonal, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual avançou 0,4% em relação ao segundo trimestre, acumulando alta de 2,7% entre janeiro e setembro.

O desempenho foi sustentado pelo avanço conjunto dos principais setores produtivos, com destaque para a agropecuária (+12,4%), indústria (+0,9%), e do setor de serviços (+0,9%). Apesar de um ambiente econômico desafiador, marcado por juros elevados, inflação acima da meta e incertezas externas após o “tarifaço” dos Estados Unidos, a economia baiana manteve crescimento, ainda que em ritmo mais moderado.

Os dados setoriais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram comportamentos distintos no trimestre. A indústria recuou 1,6% frente ao trimestre anterior, enquanto os serviços tiveram queda de 1,1%, ambos com ajuste sazonal. Em contrapartida, o comércio varejista apresentou reação positiva, com crescimento de 1,9%, impulsionado pela melhora da confiança do consumidor e pelo mercado de trabalho aquecido.

Mesmo com a desaceleração em parte da atividade econômica, o mercado de trabalho seguiu em expansão. No terceiro trimestre, a Bahia gerou 32,3 mil novos empregos formais, alcançando 2,23 milhões de vínculos celetistas ativos. A taxa de desocupação caiu para 8,5%, enquanto o número de pessoas ocupadas atingiu 6,55 milhões, o maior da série histórica. Segundo a SEI, a combinação entre geração de empregos, transferências de renda e safra recorde de grãos ajudou a amortecer os impactos negativos da política monetária restritiva e da inflação, embora o cenário para os próximos meses ainda inspire cautela.