POLÍTICA


Rui critica gestão de Bruno e diz que ricos fazem ‘política de muita festa’ por voto

Ministro da Casa Civil citou realizações de seu governo na saúde e educação e questionou oferta de serviços da rede municipal

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou nesta segunda-feira (15) a gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) na saúde e a comparou com realizações de seu governo e sob o do antecessor Jaques Wagner (PT). O petista citou a construção de hospitais e maternidades do Estado e questionou a disponibilidade de exames para a população na rede municipal, apesar de a prefeitura receber quase R$ 1 bilhão em repasse anual do governo federal, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

“Os ricos gostam de fazer a política de muita festa para isso transformar em voto. É isso que a gente vai comparar”, disse o ministro.

“É só comparar, gente. Fica mais fácil para o povo. Compara na saúde. Em 16 anos, eles são capazes de oferecer preventivo nos postos de saúde? Não. Em 16 anos, eles construíram casa de parto em Salvador? Não. Em 16 anos, eles construíram alguma maternidade em Salvador? Não. Eles são capazes de oferecer exames para a população, que é a obrigação da Prefeitura de Salvador? Não. Recebe quase  R$ 1 bi da União, do SUS, e querem se comparar conosco”, declarou Rui Costa durante uma agenda no Bairro do Paz.

O ministro afirmou que, na época em que comandava o Thomé de Souza, o então prefeito ACM Neto (União Brasil) teria se recusado a construir policlínicas por custar “muito caro”.

“Eu construí duas policlínicas em Salvador. Duas. Entreguei ao ex-prefeito. Essa é a prioridade dele. Então, [a Prefeitura de] Salvador tem dois hospitais. Porta fechada. Não atende ninguém de emergência. A Bahia tem 21 hospitais em Salvador. Seis maternidades. Salvador tem maternidade? Não tem maternidade.”

Rui Costa também pôs em xeque a qualidade da educação nas escolas municipais. “Salvador está em que lugar das 27 capitais do Brasil em ensino infantil? Está em último lugar. ‘Ah, porque Salvador é uma cidade pobre’. Vamos comparar com Fortaleza. Fortaleza está em que lugar? Está em primeiro lugar no Brasil em educação infantil. Tem oito hospitais municipais em Fortaleza. Salvador tem dois. Eu estou tranquilo. É só comparar que o povo vai decidir quem tem prioridade para a população e quem tem prioridade para a elite”, acrescentou.