ENTRETENIMENTO


Reverência a Alberto Pitta marca abertura da 7ª edição do Festival Paisagem Sonora

Evento gratuito segue até domingo (7) na Casa Rosa, com seminários, lançamentos de livros e shows de atrações como Cortejo Afro, Afrocidade, Ilê Aiyê e Lazzo Matumbi

Foto: Evandro Pitta

 

A 7ª edição do Festival Paisagem Sonora abriu nesta sexta-feira (5) completamente imersa no universo estético e político de Alberto Pitta, artista plástico, designer, serígrafo e referência das estampas afrobaianas. A homenagem guiou a programação inicial no Centro Cultural Casa Rosa, no Rio Vermelho, onde o evento promovido pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) segue gratuitamente até domingo (7), com seminários, lançamentos literários, artes visuais e apresentações musicais.

A abertura reuniu autoridades, pesquisadores, lideranças religiosas e nomes históricos da cultura afro-baiana, como a secretária da SECADI/MEC, Zara Figueiredo; o secretário da SEFLI/MEC, Fábiano Piúba; o próprio homenageado; Mãe Ana de Xangô (Ilê Axé Opô Afonjá); Pai Pote (Bembé do Mercado); Mateus Aleluia; representantes do Ilê Aiyê e do Olodum; além do curador do festival e pró-reitor da UFRB, Danillo Barata. “Temos gerado frutos importantes para a história afro-brasileira. Festejar é essencial, mas também preparar o futuro”, afirmou Barata.

A noite também marcou o lançamento do livro “Alberto Pitta: FúnFún, DúDú”, do Selo Editorial Anjo Negro, que documenta 45 anos de trajetória do artista. Outras publicações foram apresentadas, como “Nações do Candomblé”, de Mateus Aleluia; “Bembé do Mercado: Dossiê de Registro como Patrimônio Cultural do Brasil”; e o box com os 21 Cadernos de Educação do Ilê Aiyê. Após a cerimônia, o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá recebeu o lançamento do livro sobre o próprio terreiro e exibiu o documentário “Pedagogia da Ancestralidade”, produzidos por Barata.

A programação de debates segue no Teatro Cambará, na Casa Rosa. Neste sábado (06), Arto Lindsay, Alê Siqueira e Nancy Viegas discutem processos criativos às 14h; às 15h, Afrocidade, Alberto Pitta, Rogério Oliveira e Giba Gonçalves analisam as reconfigurações do Carnaval Negro. No domingo (7), Anelis Assumpção participa do seminário sobre o Museu Itamar Assumpção, às 14h30, e Lazzo Matumbi encerra a trilha acadêmica às 15h30, debatendo o álbum “Atrás do Pôr do Sol”.

Na programação musical, o Cortejo Afro abriu os trabalhos na sexta, seguido por Afrocidade. Neste sábado (6), sobem ao palco Afoxé Filhos de Gandhy, ÀTTØØXXÁ, Marcia Castro e a Roda de Samba Reggae. O encerramento, no domingo, reúne Ilê Aiyê, Lazzo Matumbi e Anelis Assumpção, além de discotecagem com VJs e DJs convidados. A grade completa está disponível no site do festival.