ECONOMIA


Alckmin afirma que inflação está sob controle e projeta queda dos juros em 2026

Vice-presidente cita safra recorde e dólar mais baixo como fatores que devem reduzir pressão inflacionária

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin avaliou, nesta sexta-feira (5/12), que a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, alta de apenas 0,1%, reflete o impacto dos juros elevados, mas reforçou a expectativa de corte na taxa Selic em 2026. Segundo ele, o atual cenário de inflação abaixo do teto da meta abre espaço para um ciclo de redução.

“O PIB teve um crescimento pequeno em razão dos juros, mas acreditamos que no ano que vem os juros caiam. Nós estamos com a inflação abaixo do teto da meta, e os juros devem cair. E com os juros caindo, a economia cresce mais forte”, afirmou após participar de um evento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em São Paulo. Alckmin destacou ainda que, apesar do PIB modesto, a indústria registrou crescimento de 0,8% no período.

O vice-presidente também apontou fatores que, segundo ele, reforçam a previsão de inflação mais baixa em 2026. “Você tem duas razões para acreditar que nós vamos ter inflação ainda mais baixa: primeiro, o alimento. Nós tivemos uma safra recorde. O clima ajudou. Então, o preço do alimento caiu mais do que a inflação. E outro, o dólar. O dólar, que estava em R$ 5,60 veio para R$ 5,30”, disse.

A cautela, porém, ainda é mantida pelo Banco Central. Nesta semana, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, evitou antecipar quando a queda dos juros deve ocorrer, citando expectativas de inflação ainda desalinhadas da meta de 3%. Mesmo assim, Alckmin voltou a afirmar que o cenário aponta para alívio monetário: “Caindo a inflação, a tendência é caírem os juros. E a economia cresce mais”.