JUSTIÇA


Julgamento do caso Marielle no STF é marcado para fevereiro

Sessões foram programadas para acontecer na Primeira Turma nos dias 24 e 25

Foto: Reprodução/YouTube

 

O julgamento do caso Marielle na Primeira Turma do STF foi marcado para os dias 24 e 25 de fevereiro, decidiu o presidente do colegiado, ministro Flávio Dino, nesta sexta-feira (5).

O processo está pronto para ir a julgamento após serem encerradas a instrução e entrega das alegações finais do Ministério Público, das assistentes de acusação e das defesas.

A decisão de Dino foi tomada após o relator do caso, Alexandre de Moraes, pedir convocação do julgamento na quinta-feira (4). A convocação acontece na mesma semana em que o STF começou a ouvir os cinco presos que respondem à ação penal.

São eles o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão; o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos; o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa; o major da Polícia Militar, Ronald Alves de Paula; e o ex-policial militar Robson Calixto, assessor de Domingos.

Conforme a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso de realizar os disparos de arma de fogo contra a vereadora, os irmãos Brazão e Barbosa atuaram como os mandantes do crime.

Rivaldo Barbosa teria participado dos preparativos da execução do crime. Ronald é acusado de realizar o monitoramento da rotina da vereadora e repassar as informações para o grupo. Robson Calixto teria entregue a arma utilizada no crime para Lessa.

De acordo com a investigação realizada pela Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Nos depoimentos prestados durante a instrução, os acusados negaram participação no assassinato.