POLÍTICA


Sanches prega ‘calma’ antes de União Brasil avaliar expulsão de correligionário preso pela PF

Presidente Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar é suspeito de ter vazado informações sigilosas sobre operação; defesa dele nega

Foto: Assessoria

 

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) afirmou que é preciso ter “calma” antes de o partido avaliar uma possível expulsão do correligionário Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), preso pela Polícia Federal na quarta-feira (3).

Baccelar é suspeito de ter repassado informações sigilosas da Operação Zargun, que levou à prisão do então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (que era do MDB e foi expulso do partido). Durante a operação, os agentes encontraram R$ 90,8 mil em espécie no veículo de Baccelar. A defesa dele nega as acusações.

Para Alan Sanches, “está cedo” para adotar qualquer medida punitiva contra Baccelar no âmbito partidário.

“A gente só pode fazer um juízo de valor depois que a gente tiver todos os instrumentos. Acho que todas as pessoas têm o direito à total e plena defesa, expor os fatos. É claro que você toma um susto. Mas quem tem alguma experiência vai dizer ‘calma, vamos ver do que se trata’, pra que a gente também não possa, de alguma forma, queimar uma pessoa”, declarou Sanches em entrevista ao Jornal da Cidade, da rádio Metrópole.

“Pra fazer um juízo de valor, a gente vai ter que avaliar e perceber toda a situação”, disse.

Segundo as investigações, Baccelar teria ligado para o investigado na véspera e dado orientações. Advogados do deputado, no entanto, afirmam que ele não atuou para obstruir investigações nem vazou informações a possíveis alvos de operações da PF. Em nota, dizem que Bacellar foi ouvido pela PF e “esclareceu tudo o que lhe foi perguntado”.