POLÍTICA


Senado deve analisar projeto que limita atuação de ministros do STF

Parlamentares reagem à liminar que restringe pedidos de impeachment e avançam com propostas para reduzir decisões monocráticas e ampliar controle do Legislativo

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

O Senador deve analisar nos próximos dias um Projeto de Lei (PL) que limita a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento acontece após a recente decisão de Gilmar Mendes, que concedeu liminar determinando que apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) possa solicitar impeachment de ministros da Corte. Como respostas, parlamentares da oposição articularam para a aprovação do projeto.

O deputado federal Zucco (PL – RS) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e está coletando assinaturas para viabilizá-la. O texto tenta garantir que qualquer cidadão brasileiro tenha o poder de solicitar o qualquer cidadão brasileiro de ministros do Supremo por crime de responsabilidade. A propostas também reforça a competência constitucional do Senado Federal para processar e julgar integrantes da Corte.

Outro ponto previsto no projeto, é que, quando haver o apoio de 49 senadores a um pedido de impeachment, resultaria no recebimento automático da denúncia.

Na mesma data da decisão proferida por Gilmar Mendes, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, em caráter terminativo, um Projeto de Lei com o objetivo de limitar o alcance de decisões monocráticas de magistrados contra leis já aprovadas pelo Congresso Nacional.

A proposta em pauta também busca restringir o acesso de partidos políticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar, de forma individual, a validade de leis ou atos do Poder Executivo.

A aprovação do projeto na CCJ, que agora avança para análise no Senado Federal, expõe o agravamento do clima de tensão institucional na capital. O movimento é interpretado como uma reação do Poder Legislativo para reafirmar e preservar suas prerrogativas constitucionais de elaboração e aprovação de leis, diante do que parlamentares consideram ser uma interferência excessiva do Judiciário em suas competências.