POLÍTICA


Wagner volta a defender Messias no STF e critica reação de Alcolumbre: ‘Exagerada’

"Prerrogativa de indicar alguém para o Supremo é do presidente da República, sempre foi e sempre será", disse líder do governo no Senado

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta segunda-feira (1º) que foi “exagerada” a reação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AM), diante da indicação de Jorge Messias para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Tem toda uma confusão nessa história. A prerrogativa de indicar alguém para o Supremo é do presidente da República, sempre foi e sempre será. Nunca houve rejeição para a presidência da Corte, e espero que essa não seja a primeira vez”, disse o senador em entrevista coletiva durante a sessão especial de outorga da Comenda 2 de Julho ao secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Mendonça Sodré Martins.

Wagner declarou ainda que existia uma torcida por parte de Alcolumbre pela escolha do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas a decisão cabe ao presidente da República. “Jorge Messias tem reputação ilibada, grande saber jurídico, atendeu a presidente Dilma e agora atende o presidente Lula. A reação do presidente da Casa, na minha percepção, foi exagerada”, disse o petista.

O senador defendeu o nome de Jorge Messias e disse que, há anos, o Senado rejeita interferências no processo de escolha de indicados ao STF.

“São correntes diferentes de pensamento. Há quem ache interessante postergar, para ‘esfriar’ o clima. Eu sou da linha de que, se tem que resolver, vamos resolver. Todo mundo já sabe os motivos de cada um, todo mundo sabe que a prerrogativa é do presidente”, disse Wagner sobre um possível adiamento da sabatina de Messias, maracada para o dia 10 de dezembro.

“Houve um episódio semelhante com o ministro André Mendonça. Naquela ocasião, foi o contrário: não colocavam a indicação para votar e demorou três, quatro, cinco meses. Quando finalmente foi ao plenário, ele teve 47 votos e foi aprovado. Tive essa mesma conversa ontem com o presidente. Eu estava em Brasília, vim para este ato e volto agora, mas o presidente ainda não bateu o martelo”, relembrou o líder governista no Congresso.