POLÍTICA


Wagner defende indicação de Messias ao STF e reforça confiança no diálogo com o Senado

Líder do Governo afirma que escolha é prerrogativa presidencial e diz confiar na maturidade da Casa para superar o mal-estar

Foto: Alessandro Dantas / PT no Senado

 

O senador Jaques Wagner (PT-BA) voltou a apaziguar o clima no Congresso, nesta segunda-feira (24), após reação em torno da indicação do procurador-geral da República Jorge Messias para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a escolha de ministros da Corte é uma prerrogativa constitucional exclusiva do presidente da República, e cabe ao Senado cumprir seu papel

“A mim, como líder do Governo no Senado, cabe trabalhar para que a indicação do presidente Lula seja aprovada. É um trabalho a ser feito, e estou muito à vontade nesse episódio”, afirmou em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews.

O senador lembrou que, mesmo quando fazia oposição, jamais atuou contra as indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF, por entender que o respeito institucional deve prevalecer. Wagner disse confiar na maturidade da Casa para superar o momento.

“Minha relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sempre foi a melhor possível. Espero que rapidamente possamos superar esse mal-estar. Tenho profundo apreço por ele e por Rodrigo Pacheco. As relações institucionais e pessoais que construímos não se desfazem por um episódio. Depois que a emoção esfriar, acredito que os senadores vão encarar a indicação como aquilo que ela é: uma prerrogativa do presidente da República”, resumiu.

Sobre a respeito da votação, o líder destacou que escolhas para o STF exigem diálogo intenso e reiterou sua confiança no currículo e no reconhecimento jurídico de Jorge Messias. “É um operador do direito reconhecido, inclusive no próprio Supremo. O julgamento será das senadoras e dos senadores, e vou trabalhar para que ele seja aprovado”, concluiu.