Câmara de Salvador aprova reajuste salarial para servidores em meio a protestos
Professores da rede municipal terão reajuste percentual que varia de 6,27% a 9,25%

Foto: Divulgação/CMS
A Câmara Municipal de Salvador (CMS) aprovou, em sessão extraordinária na tarde desta quinta-feira (22), o reajuste salarial dos servidores municipais ativos, inativos e pensionistas. A aprovação ocorreu após sindicalistas em protesto protagonizarem uma invasão no auditório do Centro de Cultura da CMS.
A votação aconteceu fora do plenário por segurança dos vereadores e dos servidores. Foram apresentadas seis emendas na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), sendo quatro pela bancada de governo e duas pela oposição. A matéria contou com parecer favorável do presidente do colegiado e relator, vereador Sidninho (PP), sendo encaminhada depois para apreciação.
Com abstenção da bancada de oposição, o projeto foi aprovado pela maioria. O presidente Carlos Muniz reafirmou que todo o rito regimental foi cumprido, sem nenhum atropelo. “O projeto chegou a esta Casa, passou por todas as comissões, como determina a lei, e aprovado pela maioria”, enfatizou.
Com a aprovação, os funcionários passam a receber, a partir deste mês até abril de 2026, um percentual de 4,83% nos vencimentos mensais, de forma escalonada.
Os professores da rede municipal terão os salários reajustados por nível. Para a categoria, o percentual varia de 6,27% a 9,25%:
a) 9,25% (nove vírgula vinte e cinco por cento) para o Nível 1 / Referência A;
b) 6,65% (seis vírgula sessenta e cinco por cento) para o Nível 1 / Referência B.
c) 6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), a partir do Nível 1 / Referência C;
d) 6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), para o quadro suplementar do Magistério Público.
Muniz lamenta invasão
O presidente da CMS, Carlos Muniz, também lamentou a invasão ao Centro de Cultura da Câmara de Salvador, onde ocorria a sessão extraordinária. “Tratou-se de um ato bárbaro, com destruição do patrimônio público. Você pode ter certeza que me senti no 8 de Janeiro, quando, em 2023, um grupo de manifestantes invadiu o Congresso Nacional e depredou o Parlamento. Essas agressões não são feitas por verdadeiros sindicalistas, são feitas por baderneiros. Então, para mim, é um ato que vem de pessoas que não sentam numa mesa de negociação como determina os próprios sindicatos, como determina a lei, para que as reivindicações deles sejam atendidas”, pontuou Muniz, reforçando que na democracia existe o sim ou não.
“Muitas vezes, aquelas pessoas tem reivindicações que não serão atendidas e na realidade tem que ser respeitado. E é isso que nós estamos entendendo desse ato, mas pode ter certeza que todos os ritos aqui na Câmara Municipal foram cumprido”, completou.