POLÍTICA


Deputado rebate críticas sobre uso da Bíblia como material paradidático: ‘Tudo que não presta tem o apoio do PSOL’

Samuel Júnior afirmou que a lei não viola a laicidade do Estado e acusou o PSOL de incoerência

Foto: Divulgação/Assessoria

 

O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) respondeu às críticas feitas por Hilton Coelho (PSOL) durante a sessão desta segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), após o psolista questionar a lei que autoriza o uso da Bíblia Sagrada como material paradidático em escolas públicas e privadas de Salvador. Para Samuel, a norma não afronta a laicidade do Estado, como alegou Hilton, e apenas amplia o conjunto de recursos pedagógicos disponíveis às unidades de ensino.

Ao rebater o colega, Samuel afirmou ver contradições no discurso do psolista sobre laicidade. O deputado mencionou episódios recentes na ALBA para sustentar sua crítica. “Estou ouvindo atentamente o discurso do deputado Hilton Coelho, aí ele fala tanto do Estado laico. Agora, no caso, eminente deputado, o Estado laico é uma imagem que foi colocada aqui semana passada, não sei que nome eu poderia usar daquele trem que foi colocado lá com gesto obsceno, aquilo é Estado laico. Estado laico é o partido de Vossa Excelência defender que a maconha seja vendida e utilizada em especial pelos adolescentes”, afirmou.

Na sequência, Samuel ampliou as críticas ao PSOL ao dizer que o partido recorrentemente apoia pautas que, segundo ele, não correspondem aos interesses da população baiana. “É por isso que eu digo que tudo o que não presta, você pode ver que tem o apoio do PSOL. Quando você vê assim, que o PSOL está apoiando, você pode ter certeza que é o que não presta”, completou.

O confronto entre os parlamentares ocorre no contexto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) apresentada pelo PSOL Bahia contra a lei sancionada pelo prefeito Bruno Reis.