ECONOMIA


Fraude envolvendo Banco Master pode chegar até R$ 12 bi, diz chefe da PF

Andrei Rodrigues afirmou que a operação desta terça-feira (18) R$ 1,6 milhão em espécie na casa de um dos investigados

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, durante CPI do Crime Organizado – Fonte: Andressa Anholete/Agência Senado

 

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (18) que a operação envolvendo o Banco Master investiga um esquema de fraude estimado em R$ 12 bilhões. Em depoimento à CPI do Crime Organizado no Senado, ele informou que a PF apreendeu R$ 1,6 milhão em espécie na residência de um dos investigados, sem detalhar a identidade do alvo (assista ao vídeo mais abaixo).

Entre os principais investigados está Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, que foi preso. O sócio dele, Augusto Lima, também está entre os detidos. A ofensiva da PF alcançou ainda a cúpula do BRB (Banco de Brasília): o presidente da instituição, Paulo Henrique Costa, foi alvo de mandado de busca e apreensão e acabou afastado do cargo por decisão judicial.

Durante sua oitiva, Andrei Rodrigues detalhou a dimensão e a articulação institucional da operação, que mobiliza a PF em parceria com o Banco Central e o Coaf. “Estamos fazendo uma operação importante, integrada com o Banco Central e o Coaf, atuando em um crime contra o sistema financeiro”, afirmou.

O diretor-geral também defendeu o modelo de enfrentamento ao crime organizado adotado pela corporação, baseado na descapitalização das organizações criminosas. “O crime organizado tem que ser enfrentado tirando poder econômico e prendendo lideranças, retirando lideranças de circulação”, disse aos senadores.

A CPI também aguardava o depoimento do diretor de Inteligência Policial da PF, Leandro Almada, que não compareceu. O presidente do colegiado, senador Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou que o grupo parlamentar insistirá em ouvi-lo.

Assista ao vídeo