JUSTIÇA


STF autoriza retirada de tornozeleira de Mauro Cid

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro havia firmado acordo de delação premiada em 2023

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, nesta segunda-feira (4), a retirada da tornozeleira eletrônica do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, condenado a dois anos de prisão por participação na trama golpista de 2022.

A decisão foi tomada durante audiência no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. O equipamento de monitoramento havia sido imposto em 2023, quando o militar firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

De acordo com a defesa de Cid, ele cumpriu integralmente as medidas determinadas pelo acordo e pelo regime aberto, o que levou ao encerramento do processo. O STF reconheceu o período em que o ex-ajudante esteve sob restrições, incluindo o uso da tornozeleira.

Único colaborador formal das investigações, Cid prestou depoimentos que contribuíram para a prisão preventiva do general Braga Netto e para a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que resultou na condenação de Bolsonaro e sete aliados.

Após a audiência, o militar deixou o prédio do Supremo pela garagem, sem falar com jornalistas.