POLÍTICA


APLB usa professores como ‘massa de manobra’ para interesses políticos, diz Teo Senna

Vereador afirma que categoria age com incoerência ao rejeitar percentual de aumento semelhante ao aceito por docentes estaduais

Foto: Reginaldo Ipê/Ascom/Câmara de Vereadores

O vereador Teo Senna (PSDB) disse nesta quarta-feira (21) que a APLB Sindicato usa os professores como “massa de manobra” contra a gestão Bruno Reis (União Progressista). Segundo o vereador, a categoria age com incoerência ao recusar a proposta de 6,27% de reajuste salarial feita pelo prefeito, já que o mesmo percentual foi aceito pela entidade quando concedido pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT).

Ao rejeitar o índice, a APLB diz que o município soma gratificações para chegar ao piso da categoria, o que ele diz ser inconstitucional.

Para Teo Senna, a atitude do sindicato, “controlado por militantes de partidos aliados do PT”, demonstra que o movimento grevista tem viés político.

“A APLB aceitou e considerou positivo o reajuste salarial de 6,27% concedido pelo governo do Estado, do PT. No entanto, o sindicato mantém uma postura intolerante e recusa uma proposta idêntica feita pela prefeitura. A APLB está lutando pelos interesses dos professores ou de um partido político? O que fica evidente é que a APLB está usando os professores como massa de manobra para interesses políticos”, disse.

O vereador afirma que a gestão municipal propôs para parte da categoria um aumento de 9,25% —superior, portanto, ao aumento dado pelo governo do Estado.

“É preciso ter responsabilidade com o presente e o futuro de milhares de crianças da rede municipal de ensino, além de suas famílias. A greve é um direito dos trabalhadores, mas não pode ser um instrumento para atingir objetivos político-partidários. A Justiça, felizmente, reconheceu os excessos do movimento da APLB, ao decretá-lo ilegal.”

Senna disse que, ao contrário do que alega o sindicato, a prefeitura já cumpre o pagamento do piso dos professores, conforme determina o STF (Supremo Tribunal Federal).

O vereador cita entendimento pacificado da corte de que gratificações são consideradas no cálculo do piso salarial.

“Não é aceitável que a APLB queira fazer política partidária com um assunto tão sério, agindo de uma forma com o governo do Estado e de outra com a Prefeitura. A educação é um direito fundamental, sendo dever do Estado promovê-la, mas com a colaboração de toda a sociedade”, afirmou Teo Senna.