JUSTIÇA


Filhos de Cid Moreira pedem nova investigação contra viúva por desvio de R$ 500 milhões

Herdeiros acionam o Ministério Público do Rio para reabrir inquérito contra Maria de Fátima Sampaio, acusada de se aproveitar da fragilidade do jornalista e ocultar bens do espólio

Foto: Virginio Sanches

O espólio de Cid Moreira, falecido há um ano, segue sendo motivo de uma grande briga judicial entre a família do jornalista. Filhos do ex-apresentador do Jornal Nacional solicitam, junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro, a abertura de um novo inquérito contra Maria de Fátima Sampaio Moreira, a viúva do pai. As informações são do Jornal O Globo.

Maria é acusada de “se aproveitar da vulnerabilidade física e mental do genitor” para desviar um valor acima de R$ 500 milhões referente a seu patrimônio.

A ação rescisória protocolada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem como objetivo realizar uma revisão na sentença do pedido de interdição de Cid Moreira realizado em 2021. À época, os filhos do apresentador alegaram — chamando atenção para “evidências clínicas, cognitivas e comportamentais” do pai. Eles ainda afirmaram que Cid era um idoso com “demência senil em estágio avançado, comprometendo sua capacidade civil”.

Indo contra a denúncia dos filhos, o Ministério Público do Rio de Janeiro realizou, em 2024, uma denúncia que aponta que Roger e Rodrigo praticaram “denunciação caluniosa” perante à Justiça, ou seja, apresentaram informações falsas e inconsistentes à polícia ao alegarem que Fátima Sampaio, com quem Cid era casado há mais de duas décadas, teria se apropriado de maneira abusiva do patrimônio do marido, que deserdou os filhos em testamento.

Atualmente, os irmãos argumentam que o este pedido de interdição foi “julgado apressadamente” e solicitam que Fátima seja investigada novamente por possíveis práticas como ocultação de bens, enriquecimento ilícito, omissão de renda, formação de associação continuada e uso de terceiros — os chamados “laranjas” —, além de suspeitas de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, transações imobiliárias e vínculos empresariais irregulares.

A defesa da viúva de Cid informou que ela não se posicionará publicamente.