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Polícia faz nova operação na Bahia contra lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis

Um dos alvos da ação é empresário Aloísio Batista Cardoso, dono de uma rede de postos em cidades do interior

Foto: Polícia Civil

 

A Polícia Civil da Bahia deflagrou na manhã desta quinta-feira (16) a operação Primus, que mira uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro do tráfico do PCC (Primeiro Comando da Capital) com a venda de combustíveis adulterados. O MundoBA apurou que dos alvos da ação é empresário Aloísio Batista Cardoso, dono de uma rede de postos em diversas cidades do interior.

A reportagem tenta contato com a defesa do empresário.

Mandados judiciais também são cumpridos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi pedido à Justiça o bloqueio de R$ 6,5 bilhões em bens móveis e imóveis dos investigados.

Segundo os investigadores, a cifra evidencia a expressiva dimensão financeira das atividades ilícitas atribuídas à organização.

Durante as investigações, foram identificados 200 postos de combustíveis vinculados ao grupo investigado, responsável por estruturar e expandir uma complexa rede empresarial destinada à adulteração e comercialização irregular de combustíveis em território baiano.

De acordo com a força-tarefa que integra a ação, os elementos colhidos indicam fortes indícios de que o grupo utilizava o setor de combustíveis como instrumento para ocultação patrimonial e mantendo conexões com a facção criminosa originária de São Paulo.

Ao todo, participam das diligências 170 policiais civis, incluindo agentes do Draco (Departamento de Repressão e Combate à Corrupção).

A meta é desarticular a infiltração do crime organizado em negócios regulares da economia formal.

A ação é um desdobramento da operação Carbono Oculto, deflagrada em 28 agosto pelo Ministério Público de São Paulo e pela Receita Federal em dez estados, incluindo a Bahia.