POLÍTICA


Jair Bolsonaro tem renda mensal de R$ 100 mil, aponta jornal

O valor mensal recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chama a atenção após o ex-ministro Gilson Machado pedir mais doações ao liberal

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) possui uma renda mensal estimada em R$ 100 mil, segundo reportagem do jornal O Globo. O valor inclui R$ 46 mil de aposentadoria da Câmara dos Deputados; R$ 11 mil de aposentadoria como capitão reformado do Exército; R$ 41 mil como presidente de honra da sigla.

Além disso, Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em uma vaquinha virtual realizada há dois anos, destinada a cobrir suas despesas pessoais e jurídicas.

Despesas e novo pedido de doações

No fim de semana, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado publicou um vídeo nas redes sociais pedindo novas doações para Bolsonaro. Ele afirmou que cerca de R$ 8 milhões já foram gastos dos R$ 17 milhões arrecadados.

“Vocês não têm noção da nossa preocupação com as despesas, centenas e, diga-se de passagem, de várias origens. Em apenas um ano foram gastos em torno de R$ 8 milhões”, disse Machado.

Entre os motivos para o aumento das despesas está o licenciamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos. Segundo Machado, Bolsonaro estaria arcando com os custos do filho, incluindo moradia no exterior.

Bolsonaro confirma que paga despesas do filho com recursos do PIX
Em declarações recentes, o ex-presidente confirmou estar bancando as despesas de Eduardo Bolsonaro, atualmente sem salário, com dinheiro oriundo do PIX:

“Se não fosse o PIX, eu não teria como bancar essa despesa. Ele está sem salário e fazendo seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior”, disse Bolsonaro.

Ele também afirmou que pretende que o filho dispute o Senado em 2026.

Despesas jurídicas e processo no STF

As doações também estariam sendo usadas para custear despesas jurídicas. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de liderar uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na última sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido da defesa de Bolsonaro para cancelar audiências com testemunhas. A defesa alegava necessidade de mais tempo para analisar novas provas juntadas ao processo. Moraes, no entanto, entendeu que as provas não alteram os fundamentos da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).