POLÍTICA


Alba decide manter prisão do deputado Binho Galinha, acusado de liderar milícia

Placar de 34 a 18 foi anunciado após votação secreta na manhã desta sexta (10); defesa fala em inconstitucionalidade

Foto: Reprodução/Redes sociais

 

A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou nesta sexta-feira (10) a continuidade da prisão preventiva do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, mais conhecido como Binho Galinha (PRD), acusado de liderar uma milícia na cidade de Feira de Santana (109 km de Salvador). O placar foi de 34 votos a favor, 18 contrários e uma abstenção.

A decisão foi tomada em votação secreta no plenário da Casa. Dos 63 deputados, 10 se ausentaram da sessão extraordinária. 

Entre os pontos levantados estavam a vedação constitucional à prisão preventiva de parlamentares, a inexistência de flagrante, a incompetência do juízo e a negação de fuga do acusado.

Na quinta (9), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) emitiu um parecer sobre o caso, mas não tornou público se fora favorável ou contrária à manutenção da prisão do deputado.

Binho Galinha é réu pelos crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. As investigações apontaram que o deputado lavava dinheiro por meio de empresas e vendia peças de carro roubadas em uma loja de sua propriedade. Somente em 2023, foram identificadas transações suspeitas que chegavam a R$ 3,9 milhões. A defesa do deputado considera a medida inconstitucional.

Além do parlamentar, a esposa e o filho foram presos, com outras sete pessoas.

Segundo o Código de Ética da Alba, caso a conduta de Binho Galinha seja interpretada como um atendado ao decoro parlamentar ou incompatível a ele, o deputado poderá ser suspenso ou até perder o mandato.