SALVADOR


Diante alerta sobre metanol no Brasil, Bruno Reis diz que jovens de Salvador trocaram álcool por corridas

Prefeito não detalha se haverá fiscalização sobre bebidas adulteradas na capital baiana

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

Em meio ao crescente aumento de mortes por metanol em bebidas alcoólicas no Brasil, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), foi questionado nesta quinta-feira (2) sobre possíveis medidas de combate a serem implementadas.

O gestor municipal minimizou os casos e destacou que, principalmente o público jovem, tem preferido ir para corridas na capital baiana, do que para eventos ou festas com consumo de álcool.

“As festas que estimulavam o consumo alcoólico estão sendo transformadas em corridas. Hoje de manhã fiz uma atividade física com um amigo meu que é empresário e agora começou a realizar corrida… Ele disse que a corrida está tendo adesão muito maior do que os eventos ou festas. Então isso vem confirmando uma tendência de mudança dos hábitos dos jovens”, afirmou o prefeito em coletiva.

Uma pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), ligada ao Ministério da Saúde, mostrou que Salvador é a capital que mais consome bebidas alcoólicas no Brasil. O número tende a aumentar ainda mais com a chegada do verão e a realização de eventos na cidade.

Capitais criam programas de fiscalização

Enquanto outras prefeituras criam programas específicos para lidar com o problema, Bruno Reis não comentou se a Prefeitura de Salvador fará alguma fiscalização específica para coibir lotes de bebidas adulteradas.

O Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou na quarta-feira (1) a criação do Programa de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade de Produtos Vegetais, mesmo sem ter registrado nenhum caso até o momento.

Até quarta-feira, o Brasil registrou 43 notificações de intoxicação por metanol, sendo 39 em São Paulo e 4 em Pernambuco.

Já o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), informou que já emitiu orientações para que as unidades de saúde, públicas e privadas, estejam atentas a possíveis casos de intoxicação. Nenhum registro foi feito na Bahia até o momento.