SALVADOR


Mergulhadores retiram 180 kg de lixo do fundo do mar no Porto da Barra

Ação integra o Clean Up Day, movimento global de conscientização ambiental voltado ao combate à poluição nos oceanos

Foto: Divulgação

 

Uma ação realizada por 80 voluntários retirou neste domingo (21) quase 180 kg de resíduos do fundo do mar no Porto da Barra, uma das praias movimentadas de Salvador. Foram encontrados metais, alumínio, vidro e outros materiais não biodegradáveis, que oferecem riscos tanto aos animais marinhos quanto aos banhistas.

A iniciativa teve a participação do grupo de mergulhadores e instrutores Mergulho Pirata, em parceria com facilitadores locais do Greenpeace Salvador, e fez parte das atividades do Clean Up Day, movimento global de conscientização ambiental voltado ao combate à poluição nos oceanos.

As equipes se dividiram entre a faixa de areia e a área marinha costeira mais próxima da praia. A Limpurb deu apoio logístico, fornecendo luvas, sacolas para acondicionamento dos resíduos, hidratação para os participantes e fazendo a coleta final do material retirado.

Entre os itens encontrados também estavam centenas de tampinhas de garrafa, palitos de madeira, latinhas, garrafas de vidro (inclusive quebradas), embalagens plásticas, restos de linhas e redes de pesca, cabos, fios, isqueiros, pentes e até peças de roupa. Muitos desses materiais oferecem graves riscos de acidentes.

O mergulhador Felipe Paranhos, um dos líderes do Mergulho Pirata, destacou os perigos dos resíduos coletados. “Uma das coisas que a gente mais costuma retirar do fundo do mar são os palitos de madeira, que são achados tanto na área costeira marinha, à beira da praia, como na areia, também. A gente percebe que vários ainda têm ponta, o que pode perfurar o pé de um banhista ou causar um dano à vida de um animal marinho. Temos também vidros quebrados retirados da areia e da zona do mar mais próxima”, disse.

Ele também alertou para os plásticos moles, sobretudo canudos, que trazem riscos à fauna marinha. “Isso causa muitos acidentes, sobretudo com tartarugas, que às vezes confundem os plásticos com alimentos, pelo fato desses materiais parecerem alimentos que estão na cadeia alimentar delas, então acabam ingerindo e morrendo”, alertou.