POLÍTICA


Bruno chama de ‘perseguição’ suspeita que liga aliado à empresa de voos do PCC

Sem provas, prefeito afirmou que ações da PF contra a cúpula da federação União Progressista começaram após desembarque do governo Lula

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou nesta quinta-feira (18) ver como uma “perseguição de adversários” a suspeita de que o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, seria dono oculto de jatos executivos operados por uma empresa de táxi aéreo usada por dois dos principais investigados pela Polícia Federal num megaesquema de lavagem de dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital). Rueda nega ser proprietário dos aviões.

Sem provas, Bruno Reis sugeriu que recentes ações da PF contra membros da cúpula da federação União Progressistas ocorreram após a saída de seus integrantes do governo Lula (PT).

“Só foi anunciar União Progressistas, anunciar a saída do governo, aí vêm as acusações. Na semana passada, fui contra Ciro Nogueira [senador e presidente do PP]; agora, contra Rueda. Então, está aí para vocês refletirem. É o mesmo o modus operandi dos adversários para perseguir quem está contra”, declarou Bruno Reis após um evento em que anunciou a programação do Festival da Virada 2026 em um hotel no centro da capital baiana.

Segundo reportagem do portal Metrópoles, as aeronaves supostamente pertencentes a Rueda são operadas pela empresa TAP (Táxi Aéreo Piracicaba ), a mesma que seria utilizada por Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”. Ambos são apontados pela Operação Carbono Oculto como líderes do esquema que atendia ao PCC e estão foragidos da Justiça.

Procurado pelo Metrópoles, Rueda disse refutar qualquer associação com a investigação e repudia “com veemência qualquer tentativa de vincular seu nome a pessoas investigadas ou envolvidas com a prática de algum ilícito”.

Ele afirmou que seu nome “foi suscitado em um contexto absolutamente infundado”. O dirigente disse ainda que “tomará todas as medidas cabíveis para proteger sua reputação”.

Na segunda-feira (1), o site ICL Notícias publicou uma reportagem segundo a qual uma fonte anônima relatou que Ciro Nogueira recebeu em seu gabinete dinheiro vivo enviado por “Beto Louco” e “Primo”.

O senador também nega “qualquer ligação com qualquer facção criminosa” e encaminhou ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, colocando o sigilo telefônico e de seu gabinete à disposição para comprovar a afirmação.