BAHIA


Mataripe completa 75 anos com recorde de produtividade e cuidado ambiental

41% do refino do petróleo do Brasil passa pela unidade gerida pela Acelen desde 2021

Foto: Divulgação/ Acelen

 

Segunda maior refinaria do Brasil, Mataripe completa 75 anos de história. Marcas recentes, como 90% de utilização e recordes em diesel S10 e QAV no primeiro trimestre de 2025, fazem a refinaria alcançar a variedade de 30 produtos e seis novidades, atendendo a mais de 50 clientes.

Além da produtividade, Mataripe se destaca pelos cuidados ambientais e sociais. Foram reduzidas em mais de 60% as emissões de gases emitidos pelo flare, o equivalente ao CO₂ capturado por 370 campos de futebol de área plantada de macaúba.

Houve também diminuição no consumo de energia e de água. Comparado a 2021, o índice caiu 17%, equivalente ao consumo residencial inteiro de energia elétrica de estados como Sergipe ou Rondônia. Na prática, a economia representa energia suficiente para abastecer uma cidade com 2,37 milhões de habitantes, quase o tamanho de Salvador.

No consumo de água, a redução foi de 20%, o que equivale ao abastecimento de uma cidade de 49 mil habitantes, mais do que a população de Cachoeira e São Félix juntas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do Ministério das Cidades.

No aspecto social, 21% do quadro de colaboradores têm como local de origem as comunidades do entorno da refinaria.

Mataripe está desde 2021 sob gestão da Acelen, empresa de energia do Mubadala Capital. A planta industrial da refinaria se consolidou como uma das mais modernas da América Latina, responsável por 14% da capacidade de refino nacional de petróleo, 41% do Nordeste e 80% da Bahia.

Desde que assumiu a Refinaria de Mataripe, a Acelen investiu mais de R$ 3 bilhões na modernização do ativo, com o intuito de elevar padrões de segurança, tecnologia, eficiência energética e fortalecimento da gestão ambiental.

Refinaria conectada com o futuro

Para Celso Ferreira, vice-presidente executivo de Operações da Acelen, os 75 anos da refinaria reafirmam sua relevância para o desenvolvimento econômico e social.

“Desde sua fundação, em 1951, a Refinaria de Mataripe impulsiona a industrialização da Bahia, gera milhares de empregos diretos e indiretos e movimenta toda uma cadeia produtiva. Hoje, sob gestão da Acelen, a planta industrial é mais moderna, segura e conectada com o futuro, ao mesmo tempo em que mantém forte vínculo com as comunidades do entorno por meio de projetos sociais”.

Além das conquistas operacionais, a Acelen também se destaca na agenda ESG, com iniciativas sociais e ambientais que beneficiam comunidades do entorno da refinaria. Os investimentos têm foco em qualificação profissional, inclusão produtiva, fortalecimento das relações locais e preservação ambiental.

Entre os Projetos Sociais estão o Acelen Acender – Centro de capacitação profissional gratuita para jovens, adultos, organizações sociais e lideranças -, mutirões de saúde da pele para pescadores e marisqueiras e familiares, apoio ao Projeto Recife das Pinaúnas – Movimento Replantio e de Educação Ambiental, Projeto Corais da Baía e Acelera Pesca.

“Estamos vivendo uma mudança de paradigma no setor de energia. Ser premiada na 15ª edição do Prêmio FIEB por projetos como o Acelera Pesca e conquistar o selo Aterro Zero mostram que é possível aliar inovação, impacto social e respeito ao meio ambiente, além de estarmos onde a Bahia precisa. A Refinaria de Mataripe chega aos 75 anos como referência em desenvolvimento sustentável, social e econômico do país”, destaca Celso.

Desde 2022, a empresa destinou R$ 12 milhões a 14 projetos e programas de qualificação. Todas as iniciativas se apoiam em escuta social e diálogo permanente.

A Acelen realizou diagnóstico com lideranças locais e criou três Conselhos Comunitários Consultivos (CCCs), abrangendo 5 municípios, que reúnem 83 conselheiros escolhidos com base em critérios de diversidade e representatividade.

Outro destaque é o Acelen Acender, centro de excelência em educação, que completou dois anos, oferecendo formação profissional e fortalecendo comunidades vizinhas à Refinaria de Mataripe.

Nos próximos passos, a empresa suprirá 100% da demanda de energia elétrica da refinaria por meio de um parque solar em construção em João Dourado, no semiárido baiano.

O projeto terá capacidade de 161 megawatts, com 230 mil módulos solares e potencial para evitar a emissão de 128 mil toneladas de CO₂ por ano. Além de gerar energia limpa e sustentável, o empreendimento impulsiona o desenvolvimento regional, com R$ 530 milhões em investimentos e mais de 500 oportunidades de trabalho durante a obra e o início da operação.