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Bahia promove ação pioneira de remoção de coral invasor na Baía de Todos os Santos

Acelen patrocina ação de monitoramento e combate ao coral mole Chromonephthea brasiliensis

Foto: Feijão Almeida/Gov-BA

 

A Baía de Todos os Santos (BTS) é cenário da ação de combate à bioinvasão marinha, entre esta sexta-feira (16) e terça (20). Uma força-tarefa realizará na Ilha de Itaparica o monitoramento e a remoção do coral mole Chromonephthea brasiliensis, espécie exótica que ameaça a biodiversidade da BTS.

A operação integra as ações do Grupo de Trabalho de Bioinvasão Marinha da Bahia e é viabilizada com o patrocínio da Acelen, que tem apoiado iniciativas voltadas à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região no entorno da Refinaria de Mataripe.

Coordenada pela startup baiana Carbono 14, a ação reúne uma rede colaborativa composta por instituições públicas, pesquisadores, organizações civis e comunidades locais. Entre os parceiros estão COPPA, Capitania dos Portos, SEMA, INEMA, UFAL, UFBA, Prefeitura de Itaparica, PRÓ-MAR e a Colônia de Pescadores Z12 – que sedia o evento em Amoreiras.

Durante cinco dias, a Colônia Z12, em Amoreiras, será ponto de encontro para atividades de capacitação, mergulhos de remoção do octocoral invasor e um café da manhã coletivo que marcará o início dos trabalhos. A programação é voltada para mergulhadores, pescadores, pesquisadores e estudantes comprometidos com a proteção do ecossistema marinho.

“As ações realizadas logo na chegada do bioinvasor fazem toda a diferença, e é ainda mais importante manter esse trabalho a longo prazo. Por isso o investimento em comunicação, capacitação de redes locais e pesquisa se faz importante. Os pescadores são nossos olhos no mar”, destaca Ricardo Miranda, pesquisador da Universidade Federal de Alagoas.

O pesquisador José Anchieta, do Instituto Meros do Brasil, chama atenção para a gravidade do cenário. “A BTS talvez seja hoje uma das baías mais invadidas do mundo. Por isso é tão importante ter um grupo articulado na Bahia para entender o nível do problema e fortalecer ações de monitoramento no Coração da Amazônia Azul”.

A programação é gratuita e aberta a voluntários, desde que cumpram alguns requisitos, como saber nadar, possuir certificação de mergulho recreativo (SCUBA), levar seu próprio equipamento e participar da capacitação oferecida no local.