ENTRETENIMENTO


Morre Silvio Tendler, um dos maiores documentaristas do Brasil

Ele tinha 75 anos

Foto: Reprodução/ Youtube

 

Morreu nesta sexta-feira, aos 75 anos, o cineasta Silvio Tender, vítima de uma infecção generalizada. Ele enfrentava havia dez anos uma neuropatia diabética, doença que prejudica o sistema nervoso. A morte foi confirmada por sua filha, Ana Rosa Tendler. a informação é do jornal Valor.

Tendler foi um dos principais diretores do Brasil. Conhecido como “cineasta dos sonhos interrompidos”, o documentarista capturou episódios e figuras históricas da política nacional em filmes como “Jango” (1980), “Os Anos JK – Uma Trajetória Política” (1980) e “Tancredo, A Travessia” (2011), sua “Trilogia Presidencial”.

O filme sobre João Goulart é, até hoje, uma das maiores bilheterias de documentário no cinema nacional, com 1 milhão de espectadores. Os outros dois longas do gênero documental de maior sucesso no país também são de Tendler “O Mundo Mágico dos Trapalhões” (1981), com 1,3 milhão de espectadores, e “Os Anos JK” (1980), com 800 mil espectadores.

Sua obra mais importante, “Utopia e Barbárie”, é um retrato da segunda metade do século 20 entre imagens de arquivo e a perspectiva de nomes relevantes do período, como Augusto Boal, Eduardo Galeano e Susan Sontag. O filme levou cerca de vinte anos para ser concluído.

Tendler nasceu no Rio de Janeiro em 1950. No fim dos anos 1960, passou a se dedicar ao cinema e, para escapar da ditadura militar, buscou exílio no Chile, de onde se mudou para a França em meados dos anos 1970. Em Paris, estudou história e cinema. Ele deixa a mulher, Fabiana Versasi, e a filha, Ana Rosa Tendler.