ECONOMIA


Banco Central endurece regras para fintechs para combater crime organizado

Medidas do Banco Central incluem teto de R$ 15 mil para TED e Pix em fintechs, visando coibir lavagem de dinheiro revelada na Operação Carbono Oculto

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Uma série de medidas de segurança do Sistema Financeiro Nacional foi anunciada pelo Banco Central (BC), apertando as regras para as operações financeiras realizadas por fintechs.

As providências terão início após a Receita Federal deflagrar a “Operação Carbono Oculto” em 28 de agosto, envolvendo entidades de pagamento.

Uma das novidades é a implementação de um teto para transferências via Pix. A medida tem como objetivo evitar lavagem de dinheiro pelo crime organizado.

Para instituições de pagamento não autorizadas e aquelas conectadas à Rede do Sistema Financeiro Nacional por meio de PSTI (Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação), o valor máximo de TED e Pix passa a ser de R$ 15 mil.

Operação Carbono Oculto

A investigação descobriu diversas empresas do ramo de combustíveis controladas pelo crime organizado, desde a importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final. As fintechs estavam presentes nos elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio.

O valor movimentado pelos criminosos era inserido no sistema financeiro por meio das fintechs, empresas que usam tecnologia nos serviços financeiros digitais.

A Receita Federal informou que a utilização de fintech pelo crime organizado se aproveitava de brechas na regulação.