ECONOMIA


Empresários brasileiros nos EUA se dizem ‘constrangidos’ com presença de Eduardo

Comitiva tenta negociar redução de tarifas com o governo de Donald Trump

Foto: Reprodução/Instagram/@bolsonarosp

 

Empresários ou representantes setoriais brasileiros em Washington afirmaram sentir “certo desconforto” e “constrangimento” com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do comentarista político Paulo Figueiredo no hotel em que parte da delegação da CNI (Confederação Nacional da Indústria) está hospedada nos Estados Unidos. A comitiva tenta negociar a redução de tarifas com o governo de Donald Trump.

O incômodo foi relatado por ao menos oito integrantes à colunista Mariana Sanches, do portal UOL.

Segundo a pulicação, Euardo e Figueiredo conversaram com um empresário supostamente do setor da pesca no café do hotel. A Abipesca, que compõe a comitiva de cerca de 130 pessoas, negou à coluna que algum de seus representantes tenha convidado Eduardo para uma conversa ou se encontrado com ele.

De acordo com Ricardo Alban, presidente da CNI, a delegação empresarial foi cuidadosamente planejada para excluir o fator político do discurso. Por isso, não foram admitidos parlamentares ou mesmo quadros técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que expressaram desejo de participar da comitiva. O próprio Alban foi pego de surpresa pela presença de Eduardo.

Eduardo e Figueiredo fazem há meses uma campanha de lobby por sanções ao Brasil como forma de levar à aprovação de uma anistia a Jair Bolsonaro e seus aliados.

Na carta em que determinou o tarifaço de 50% sobre o Brasil, Trump ecoa os argumentos da dupla ao chamar de uma “caça às bruxas” o processo judicial por golpe de Estado contra Bolsonaro.