ECONOMIA


Ibovespa inicia setembro em queda leve após recordes de agosto

Feriado nos EUA reduziu liquidez no mercado brasileiro e índice recuou 0,1%

Foto: Pixabay

 

O Ibovespa abriu o mês de setembro em baixa nesta segunda-feira (1º), após encerrar agosto em recorde histórico. O índice de referência da Bolsa caiu 0,1%, fechando em 141.283 pontos, com volume financeiro de R$ 11,98 bilhões — bem abaixo da média diária de R$ 24 bilhões no ano, reflexo do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.

Na máxima do dia, o índice chegou a 141.949 pontos, e na mínima tocou 140.878 pontos. O recuo acontece depois de agosto terminar com valorização de 6,5% e o Ibovespa atingir 142.378 pontos no intradiário.

Segundo analistas, o mercado opera em compasso de espera, de olho nos próximos dados econômicos. O estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, destacou que a pesquisa Focus trouxe revisões para baixo na inflação projetada, o que reforça o cenário para queda da Selic. Por outro lado, números fracos da indústria levantam dúvidas sobre o desempenho das empresas.

Além dos dados do PIB do segundo trimestre, que serão divulgados nesta terça-feira (2), investidores acompanham o julgamento no STF do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de planejar um golpe de Estado. O processo pode gerar repercussões políticas no mercado nos próximos dias.

Destaques do pregão

Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,4%, interrompendo sequência de quatro altas; Itaú (ITUB4) avançou 0,79%.

Vale (VALE3) fechou estável (+0,07%), enquanto o minério de ferro recuou 2,67% na China.

Petrobras (PETR4) subiu 0,23%, acompanhando alta do petróleo Brent no exterior (+0,99%).

Raízen (RAIZ4) disparou 5,98% após anunciar a venda de duas usinas por R$ 1,54 bilhão.

Cosan (CSAN3) também avançou, com alta de 3,42%.

Auren Energia (AURE3) recuou 3,04% após forte valorização em agosto.

Braskem (BRKM5) caiu 2,88%, corrigindo parte da alta de 22% acumulada em sete pregões anteriores.