POLÍTICA


Jerônimo volta a ironizar oposição: ‘Nosso grupo não tem dono’

"Expectativa nossa é que a gente possa tratar a todos com a mesma decência que um governador tem que tratar um prefeito eleito", afirmou o governador da Bahia

Foto: Eduardo Costa/ MundoBA

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a falar nesta segunda-feira (25) sobre os prefeitos de oposição que ingressaram em sua base de apoio. Segundo o petista, seu grupo político não tem “dono” e nem “cacique”.

“Tem um grupo que dialoga, por isso a expectativa nossa, por exemplo, de os partidos que hoje fazem parte desse grupo, cada um chamando os seus para poder sentar na mesa conosco. Primeiro é a porta via deputados federais e estaduais, que o deputado chama o prefeito ou a prefeita para poder dialogar, para colocar suas emendas, para ajudar a governar. A gente sabe da dificuldade que tem um prefeito ou uma prefeita em articular recursos, nem sempre a receita da conta de você poder pagar salário, pagar o custeio da máquina, fazer investimentos, só com a ajuda dos deputados que se faz isso. Os deputados federais e estaduais, senadores, têm emendas, e às vezes a emenda não dá. É preciso trazer ao governador para a gente poder fortalecer ali uma ação, seja na hora da educação, da saúde, no esporte, na cultura. Então é o trato, é a forma. E. O quantitativo não vem à minha mente, mas a expectativa nossa é que a gente possa tratar a todos com a mesma decência que um governador tem que tratar um prefeito eleito”, disse em coletiva de imprensa na Feira de São Joaquim, em Salvador.

Jerônimo ainda alertou os aliados sobre a maneira de desenvolver a articulação política e citou o exemplo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Tenho que ter o respeito para não acontecer aquilo que aconteceu com o governo federal passado. Sentou na cadeira como presidente e sequer os ministros recebiam a gente que foi oposição a ele. Se a gente não concordava com esse presidente que não recebia deputados de governador, a gente não pode fazer o mesmo, sentar na mesa, não soltar a mão daqueles que nos carregaram, mas ter a responsabilidade ética para dizer, o teu povo do teu município escolheu você, então tenho que respeitar a vontade do povo, vamos trabalhar para que a educação chegue bem, a saúde chegue bem, as estradas cheguem bem, então é essa é a forma diferente que a gente tem que fazer política, olhando nos olhos, dando respeito. E política é confiança. Se a gente não tem confiança, a gente não acompanha. Então, um dos elementos mais estratégicos nossos é a atenção que nós estamos dando e o cuidado, mas, acima de tudo, a confiança que eles estão deixando”, declarou o governador da Bahia.