BRUMADO


Prefeito Fabrício Abrantes nega irregularidades em pregão sob suspeita de fraude

TCM identificou documentos falsificados por empresa contratada para obras de urbanização no valor de R$ 519,69 mil

O prefeito Fabrício Abrantes (à direita) e o governador Jerônimo Rodrigues | Foto: Reprodução/Instagram/fabricioabrantes_

 

A Prefeitura de Brumado, no sudoeste da Bahia, divulgou uma nota em que nega irregularidades em um pregão eletrônico para a contratação de uma empresa especializada em obras de urbanização. O valor do certame era de R$ 519,69 mil.

De acordo com o TCM (Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia), a Aguiar Construções foi registrada apenas em setembro de 2024, mas seus contratos e atestados técnicos eram datados de julho de 2023, mais de um ano antes da sua criação. A empresa também apresentou balanço patrimonial referente apenas ao dia de fundação, sem cumprir a exigência de demonstrações contábeis de um exercício completo.

A gestão de Fabrício Abrantes (Avante) ajuizou um recurso em que pede a revogação da decisão e diz ter cumprido todas as etapas legais nos atos administrativos praticados, inclusive quanto à habilitação da empresa questionada.

“Embora entenda o empenho do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) em manter a lisura em todo e qualquer processo, a Prefeitura apresentou um pedido de revogação da decisão da Corte, visto que os documentos apresentados pela empresa são satisfatórios para comprovação de capacidade técnica, fato atestado inclusive pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA)”, afirmou em nota.

De acordo com o comunicado, o documento tido como “falso” é a CAT (Certidão de Capacidade Técnica) o profissional responsável pela empresa perante o CREA. “Ele se resume no fato de a empresa ter sido constituída após a data da CAT. Se a certidão pertence ao profissional de engenharia e não à Aguiar Construções Ilimitadas, é sim possível que o documento tenha sido emitido para o profissional pessoa física antes da constituição da empresa”, acrescenta o texto.

Ainda conforme a administração municipal, a decisão do TCM foi motivada por denúncia feita pela empresa derrotada no certame. “A Procuradoria do Município já apresentou recurso, visto que a interrupção da obra paralisa uma contratação pública essencial, relativa à urbanização de via estruturante, com impacto direto sobre a mobilidade urbana e na segurança da população.”

A gestão acrescenta que a decisão compromete a execução orçamentária e o planejamento municipal, afetando a regular aplicação de recursos públicos, bem como prolonga, sem justa causa, a conclusão de obra de evidente interesse coletivo.

“Deste modo, a Prefeitura de Brumado, que nesta gestão atua com lisura, seriedade e correção, espera que o resultado da licitação seja mantido, preservando o interesse coletivo e a boa aplicação dos recursos.”