ECONOMIA


Dólar fecha a R$ 5,47 com juros altos no Brasil compensando pressões externas

Moeda brasileira teve desempenho melhor que pares no exterior em dia de cautela antes do discurso de Powell

Foto: Divulgação/Pixabay

 

O dólar à vista encerrou a quinta-feira (21) praticamente estável, em alta de 0,08%, cotado a R$ 5,4771. O movimento refletiu o impacto do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, que segue elevado e ajudou a proteger o real das pressões externas e domésticas.

Durante o pregão, a moeda oscilou entre mínima de R$ 5,4667 e máxima de R$ 5,4953. No mercado futuro, o contrato mais negociado avançou 0,05%, a R$ 5,493. Já o dólar turismo foi vendido a até R$ 5,681.

Lá fora, o dólar avançou frente a moedas fortes e emergentes após a divulgação do PMI da indústria dos EUA, que voltou a crescer em agosto. O dado reduziu as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro, à espera do discurso do presidente Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole.

No Brasil, o juro básico em 15% mantém a atratividade do real em operações de “carry trade”, limitando a alta da moeda americana mesmo com riscos políticos e tensões no comércio com os EUA. O Banco Central também atuou pela manhã, ofertando 35 mil contratos de swap cambial para rolagem de vencimentos.