‘Paga o piso salarial dos professores que acaba a greve, Bruno Reis’, diz deputado
Prefeitura de Salvador acionou a justiça para cortar salários de professores que lutam por seus direitos

Foto: Assessoria do deputado
O deputado Robinson Almeida (PT), que integra a Comissão de Educação na Assembleia Legislativa, criticou a decisão da Prefeitura de Salvador em cortar os salários dos professores da rede municipal que decidirem continuar a greve, mesmo após a liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que declarou o movimento ilegal. O parlamentar acusou a gestão municipal de não cumprir o piso nacional da educação e adotar uma atitude que reflete um desrespeito aos direitos dos professores.
“A prefeitura adotou uma ação deliberada para perseguir quem luta por seus direitos. É uma demonstração clara de autoritarismo, onde se tenta calar a voz daqueles que estão apenas defendendo o cumprimento de uma lei nacional, que garante um salário justo para os professores”, afirmou o deputado. “Paga o piso salarial dos professores que acaba a greve, Bruno Reis”, disse o parlamentar.
A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial de 6,27% apresentada pela prefeitura e segue reivindicando o cumprimento do Piso Salarial Nacional do Magistério.
“O prefeito de Salvador, Bruno Reis, por exemplo, paga apenas R$ 2.845,24, bem abaixo do valor estabelecido para 2025, R$ 4.867,77. Ele segue a cartilha do seu antecessor. Não a toa Salvador segue com uma educação de baixa qualidade e sem creches municipais para cuidar de nossas crianças, fruto do descaso”, afirmou o deputado do PT.
Para ele, a gestão do ex-prefeito ACM Neto e agora de Bruno Reis se utilizam do aparato jurídico e administrativo para enfraquecer o movimento e calar a classe trabalhadora. O deputado destaca ainda que a greve não é apenas uma reação a um descontentamento com salários, mas uma luta legítima por melhores condições de trabalho, valorização e respeito à categoria.
“Infelizmente, em Salvador, os professores são tratados como vilões, quando na verdade, são os heróis que mantêm a educação pública funcionando, mesmo em um cenário de descaso”, disse.
“Em vez de garantir o cumprimento de um direito fundamental, a prefeitura prefere seguir o caminho da repressão, cortando salários e ignorando as necessidades legítimas dos trabalhadores”, declarou Robinson Almeida.