POLÍTICA


ACM Neto nega desrespeito a policiais e diz criticar ‘omissão’ de Jerônimo diante da crise na segurança

Em discurso, governador acusou oposição de “bater” em agentes: "Se quiser bater, bata em mim"

Foto: Assessoria/ACM Neto

 

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), rebateu nesta terça-feira (12) o governador Jerônimo Rodrigues (PT) por acusar a oposição de desrespeitar agentes de segurança pública do estado. Em vídeo publicado em suas redes sociais, ACM Neto afirmou que suas críticas não são dirigidas aos policiais, mas feitas diretamente ao governador.

“Governador, antes de tudo, vamos deixar uma coisa bem clara aqui: o senhor pode até dar uma de doido, fingir que não entendeu, mas eu faço questão de repetir. Todas as críticas que eu faço são direcionadas única e exclusivamente a uma pessoa: é o senhor mesmo. A falta de comando do governador da Bahia. A sua postura omissa e negacionista”, disse o ex-prefeito na gravação.

Na segunda-feira (11), durante um agenda no CAB (Centro Administrativo na Bahia), Jerônimo pediu que adversários políticos respeitem os profissionais de segurança e negou que haja omissão do governo no setor. “Se a oposição quiser bater, bata em mim”, discursou.

Ao criticar a fala do petista, ACM Neto citou casos recentes de violência para criticar a gestão da segurança, como tiroteios à luz do dia, fuga de presos e o episódio no quem um videorrepórter da TV Bahia foi expulso por traficantes na Chapada do Rio Vermelho, localidade que faz parte do Complexo de Amaralina.

“Ontem, na região do antigo Centro de Convenções, famílias viveram momentos de desespero, trancadas dentro de casa, enquanto bandidos estavam aonde? Trocando tiro na rua, governador. Um repórter hoje foi expulso de uma comunidade por traficantes. Um campeonato internacional precisou ser interrompido por troca de tiro em plena luz do dia. Quase todos os dias, infelizmente, a notícia é a mesma”, declarou.

O ex-prefeito disse que Jerônimo não tem garantido condições mínimas de trabalho para a polícia. Para ACM Neto, a categoria sofre com baixos salários, sobrecarga e armamento inferior ao dos criminosos.

“Negar a realidade não protege ninguém. Eu vou continuar cobrando porque a Bahia precisa de comando e de resultado. E já que o senhor disse que essa disputa devia ser feita de forma mais séria e mais honesta, eu concordo. O que precisa ser feito de forma séria e honesta é o combate à violência na Bahia”, disse.

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