Presidente do PSB critica apoio de deputados e senadores do partido à CPI do INSS
Decisão de parlamentares de apoiar comissão não foi consultada com a liderança do partido, diz Carlos Siqueira

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira (foto), expressou descontentamento com a adesão de seis parlamentares do partido à criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Siqueira criticou a postura dos quatro deputados e dois senadores que, segundo ele, não buscaram a orientação do partido antes de apoiar a iniciativa proposta pelo Partido Liberal (PL). “Lamentamos, porque não é necessária essa CPMI, uma vez que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União já estão apurando. CPMI muitas vezes vira palco político”, afirmou o dirigente.
Os deputados Tabata Amaral (SP), Duarte Jr. (MA), Luciano Ducci (PR) e Heitor Schuch (RS), além dos senadores Flávio Arns (PR) e Chico Rodrigues (RR), foram os parlamentares que apoiaram a CPMI. Carlos Siqueira destacou que, se os parlamentares tivessem consultado o partido, teriam recebido orientação contrária à assinatura. “CPMI é um direito da oposição, e é por isso que governo algum aprecia essa prática. Como dizem, a gente sabe como começa, mas não como termina”, argumentou Siqueira, conforme publicado pela Folha de S.Paulo.
Apesar do descontentamento, o presidente do PSB afirmou que não pretende transformar a questão em um grande conflito dentro do partido, já que não há uma posição unânime e fechada sobre o tema. “Não gosto de criar constrangimentos. Nós não temos o que fazer, não é uma questão de princípio do partido, essa decisão está dentro da autonomia de cada parlamentar”, declarou Siqueira. O presidente ressaltou que, embora contrariado, respeita a autonomia dos parlamentares em suas decisões.
A Folha de S.Paulo destacou que, enquanto a liderança do PSB tenta evitar um embate interno mais acirrado, a postura adotada pelos parlamentares que apoiaram a CPMI do INSS pode indicar uma possível divisão de opiniões dentro do partido. A situação evidencia como questões sensíveis podem desafiar a coesão partidária e a capacidade de diálogo entre seus membros.