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Morre o senador colombiano Miguel Uribe, alvo de atentado em junho

Informação foi confirmada pela esposa do político, Maria Claudia Tarazona

Foto: Reprodução/X @migueluribe

O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11) após mais de dois meses internado em decorrência de um atentado sofrido em junho, durante um comício em Bogotá. A informação foi confirmada pela esposa, Maria Claudia Tarazona. Além dela, deixa um filho.

Uribe, um dos principais nomes da oposição ao governo colombiano e favorito na corrida presidencial de 2026 — em 2022, foi o senador mais votado do país —, foi baleado duas vezes na cabeça e uma na perna em 7 de junho, enquanto discursava em um evento de rua no bairro Fontibón. O ataque foi o primeiro de uma série de atentados políticos recentes no país, reacendendo o temor da violência eleitoral que marcou os anos 1990, quando três candidatos presidenciais foram assassinados.

Desde então, o senador estava internado na Fundação Santa Fé, na capital colombiana. Ele passou por várias cirurgias e chegou a apresentar melhora, mas, segundo boletim divulgado no sábado (9), sofreu uma hemorragia no sistema nervoso central, precisou ser operado de emergência e voltou a ser sedado.

Em nota, o partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, lamentou a morte. “O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia”, disse o ex-mandatário.

Miguel Uribe era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada em 1991 por criminosos ligados ao Cartel de Medellín, quando ele tinha apenas cinco anos. O caso foi retratado no livro Notícias de um Sequestro, de Gabriel García Márquez.

A Procuradoria-Geral da Colômbia informou que, além de Uribe, outras duas pessoas ficaram feridas no ataque. Um adolescente de 15 anos foi apreendido com a arma usada no crime, e outras seis pessoas foram presas suspeitas de envolvimento. A investigação segue em andamento por determinação do presidente Gustavo Petro.