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Polícia faz operação contra Bia Miranda e mais 14 influenciadores que divulgam jogo do tigrinho

Investigação diz que há indícios de crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; mais de R$ 4 bilhões foram movimentados

Foto: Reprodução/Instgram

 

Influenciadores digitais que divulgam jogos de azar por meio de redes sociais são alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (7). As diligências ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Entre os alvos da ação estão as influenciadoras Bia Miranda, sua mãe, Jenny Miranda, Gato Preto, Rafael da Rocha Buarque, e Maumau (veja a lista completa abaixo) que usam as redes sociais para divulgar jogo popularmente conhecido como jogo do Tigrinho e outros semelhantes. As informações são da Folha de S. Paulo.

A Operação Desfortuna é realizada pela DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro). Segundo a investigação, há indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo os agentes, as postagens realizadas pelos investigados contêm promessas enganosas de lucros fáceis, com o intuito de atrair seguidores para essas plataformas de apostas.

“No decorrer das investigações, foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores, que ostentavam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, veículos de alto padrão e imóveis de alto valor”, afirmou a Polícia Civil. Relatórios de inteligência financeira do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) revelaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões”, afirma a corporação.

Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada, diz a investigação.

A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro. A DCOC-LD também identificou conexões entre alguns envolvidos e pessoas com antecedentes ligados ao crime organizado, o que elevou o grau de complexidade da investigação.

As investigações foram desenvolvidas de forma conjunta com o GRA (Gabinete de Recuperação de Ativos) e com o Lab-LD (Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro) da Polícia Civil.